Tento refugiar-me na luz do teu sorriso
mas engulo o sal da saudade. as penas voaram contigo mergulhando o ninho em insónias.
acordaste Atenas na tarde com o véu esvoaçante que te envolvia
refletindo- te como uma estátua no colo que o rio quieto, trazia.
as águas te levaram
embaladas pelo encanto da tua voz a beleza morria no entardecer do granito,
levando a minha palidez num alegre e triste grito.
fui teu berço e serei a tua sombra, sem idade.
hoje sou fumo diluído na bruma vigiando teus passos,
nuvem de Outono na labareda do poente,
a tarde no recato da violeta
noite que vela por ti no silêncio do cometa.
abrirei sempre, na aurora da noite, o teu linho branco,
com as flores que trazias desafiando ainda mais o teu encanto.
vestirei agora as paredes do
silêncio com o sorriso da tua ausência
enquanto gotas teimosas brincam no meu rosto com a dor da impaciência.
Manuela Barroso, In" Eu Poético VI"
Frans Mortelmans |
ResponderEliminarCara Manuela
Que bom que voltou!
Foi com muito prazer que li este seu poema, tão belo, com um cheio da saudade e cores de Outono.
Não sei o que é Feed...
Na minha de lista de blogues o seu não é actualizado há um ano. Terá a ver com isso?
Eu estou com um problema no meu portátil. O écran ficou branco, ligámo-lo ao monitor de um PC, o que me tira liberdade de movimentos.
Muito obrigada pela sua mensagem.
Beijinhos
Olinda
Presa a um sopro de vento
ResponderEliminar"[...]abrirei sempre, na aurora da noite, o teu linho branco,
ResponderEliminarcom as flores que trazias desafiando ainda mais o teu encanto.[...]"
E as lágrimas despertam na dor da solidão.
Soberbo! Lindo.
Beijos
SOL
Maravilha te ler e que bom te ver voltando novamente! Um beijo , tudo de bom,chica
ResponderEliminarPodes refugiar-te à vontade!
ResponderEliminareu acolho com carinho
onde encontrarás a felicidade
nos lábios teus um beijinho.
Só imaginação não te aborreças,
o teu poema me fez ficar assim
do meu jardim não te esqueças
porque ele te acolhe junto de mim!
Dos olhos pimpo as lágrimas,
não te esqueças te dou guarida
pela tua visita e doces palavras
digo, obrigado minha amiga.
Um beijinho
Eduardo.
Uma maravilha amiga, esta habilidade de dar vidas às palavras e recriar emoções que calam em nossos corações.
ResponderEliminarAplausos amiga.
Beijo.
Não consegui comentar a postagem atual. O antivírus bloqueou como algo estranho na pagina.
º° º°。☆ ★彡
ResponderEliminarMERCI pour ce beau partage chère Manuela !!!! Quel plaisir de te lire !!!!
GROS BISOUS D'ASIE pour toi Manuela !!!!!
Bonne journée !!! ✿✿º°。
Saudade que dilacera o coração e silência a alma.
ResponderEliminarBelissimo!!!
Beijinhos
Maria
Que bom ler e aprender o melhor da poesia plena de inspiração e alma.
ResponderEliminarQue bom que agora o blogger aceitou comentar.
Feliz com sua volta Manuela.
Meu terno abraço de muita paz e luz com flores de Primavera daqui, que se inicia.
Beijo de paz.
Bom 'refugiar-me nas tuas palavras,Manu
ResponderEliminar'nuvem de outono na labareda do poente'
que sejam também com aromas de flores da minha primavera,
com abraços e beijos
Bom Dia Madrinha Manuela.
ResponderEliminarUm motivo me trouxe hoje até um dos deus belíssimos blogs.
Deixar um carinhoso abraço de saudade.
Minha querida seu poema sempre foi um dos mais belos que pude conhecer.
Um abraço meu carinho.
Evanir.
Minha querida Manela, este seu gesto é um verdadeiro conceito de pura amizade, você não fica à espera que a visitem e lhe comentem para visitar alguém pois só revela a grandeza de um grande gesto.
ResponderEliminarAdoro os seu poema como eu queria saber fazer melhor, mas quando começo por escrever um poema vai sempre parar ao mesmo sítio, faz-me lembrar a velha canção ...não podes fugir ao teu destino fatal...e na minha porta interior o destino cruel vem sempre bater, mesmo que eu otente expulsar e dizer vai bater a outra porta porque esta já está fechada.
Meu bem me desculpa os meus testamentos, mas esta também é a minha maneira de ter uma psicolaga beijinhos de luz e muita paz na sua vida.
Lindo, querida amiga!
ResponderEliminarPara reflectir mansamente em tarde calma, com paz e serenidade, sem angustias enfermadas.
As nuvens de hoje, antecedem o sol de amanha...
Beijinho carinhoso, Manuela.
Saudade... rastros que que ferem a alma e o coração.
ResponderEliminarLindíssimo.
Beijos e tudo de bom!
Mariangela
Olá, querida Manuela
ResponderEliminarNão te perco, douo-te à Felicidade
Não te prendo, abraça a Liberdade
Lindos versos de quem ama de fato...
Bjm florido daqui
Engraçado. Não vejo o meu comentário.
ResponderEliminarAmiga, vinha trazer o link para atualizar o feed, mas parece que já está normal. De qualquer modo deixo o link para o caso de algum dia precisar
http://www.elainegaspareto.com/2012/07/meu-blog-nao-atualiza-as-postagens-como.html
A vida nos dá e também retira
ResponderEliminarSobra a saudade sem rosto nem nome
Que nos adormece e também nos acorda
Em voos lentos onde a dor se esgrime
Belíssimo, Manuela!
ResponderEliminarAh! o sal da saudade...
Beijos!
O poema, algo sofrido, é um registo materno de um momento que fica para a vida. Todas as mães sentem mais ou menos o mesmo perante a mesma situação.
ResponderEliminarE o teu registo é excelente. Na forma e no conteúdo. Se a pessoa visada o ler, vai chorar mais que as pedras da calçada...
Os meus aplausos, de pé, perante esta jóia poética.
Boa semana, querida amiga Manuela.
Beijo.
Abrem-se portas à felicidade e, simultaneamente, sentimos que um ciclo da vida se fecha.
ResponderEliminarUma mãe sabe do que falas e falas divinalmente.
Beijos, amiga.
Tied together, oh yes.
ResponderEliminarDeixando um abraço e um ramalhete de flores em retribuição a essa poesia linda ,
ResponderEliminarnoite feliz
E o ninho vai-se esvaziando aos poucos daquelas penas que lhe davam conforto, aconchego, alegria e serenidade; outras penas tomam o seu lugar, essas difíceis de nelas nos acomodarmos; a tristeza se instala, a saudade aperta, a insonia perturba; as águas chegam sempre e sempre carregam algo de nós; levam sorrisos...alegria, algumas vezes para sempre e deixam para trás rios de dor...de saudade...de boas tembranças. Com o passar dos anos vamos sendo capazes de nos aconchegarmos nesse ninho tão diferente, mas que a vida quis que continuasse nosso; vamos trocando as penas na medida do possível e aos poucos ele vai ficando cobertinho com " um véu esvoaçante " no qual nos envolvemos,esperando que as águas voltem e nos tragam de alguma forma o encanto daquelas vozes, o sorriso daqueles lábios...a alegria daquela presença.Às vezes elas nos ouvem e, " na aurora da noite , no linho branco " flores são deixadas com o suave perfume das lembranças. E é com elas, querida Manuela, que temos de prosseguir esperando as águas, umas deixando alegrias e tristezas, outras levando amores e também dores.
ResponderEliminarUm beijinho e...ainda bem que voltaste. Sê bem-vinda!
Emília
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ResponderEliminar.
. como quem des.tece a mais pura cassa .
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. bel.íssimo .
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. um beijo meu .
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Querida Manela, já tinha saudades de ler e reler os seus poemas. Amei demais e saio deliciada. Beijos com carinho
ResponderEliminarVim à procura de mais...
ResponderEliminarBoa semana, querida amiga Manuela.
Beijo.