Pausa. Férias. Deixo-vos o meu abraço.
Os posts, agendados, saírão normalmente.
A tarde desce com uma lentidão aborrecida mas com a alegria do sol que ainda vai alto.
É uma despedida doce num beijo suave e lento, numa carícia preguiçosa. Sinto falta de um chilreio para acordar a tarde que adormece antes do tempo... Enquanto Vénus tarda, pelo menos viajo com as estrelas negras das asas das andorinhas cortando a monotonia.
A primavera desenhou-se em mim.
Mas voou.
Ela e as andorinhas.
Senti esta orfandade que o bulício da cidade tenta fazer esquecer.
O vento de junho varre as pétalas das flores que se colam ao chão num último adeus.
O calor que ajuda a engravidar as espigas, casa com a aragem fresca e inoportuna deste estio.
Os beirais ficaram vazios, na solidão do crepúsculo.
A vida vai definhando à medida dos prazeres metálicos humanos.
E a casa das andorinhas não é feita de metal mas de melodias atravessando liberdade e alegrias.
E na liberdade que lhes assiste decidiram outro rumo em busca de felicidade maior em novas paragens.
Olho os beirais e em vez de bicos de andorinhas preencho-os com
a saudade, no odor das minhas recordações.
manuela barroso
Pintura: G.F. Harris
Bonita esta simplicidade... Forma subtil de escrever!
ResponderEliminarBoas férias!
Olá Manuela, maravilhoso como sempre, primaveril, que nem as andorinhas faltaram. A primavera sempre voa. Resta-nos abraçar o nosso outono. Imagem deliciosa. Continuação de boas férias e beijos com carinho
ResponderEliminarObrigado por sua presença lá no blog amiga...ando trabalhando bastante sim, além do trabalho no banco, um outro por fora...tem tempo que não escrevo poemas, só algumas parcerias com meu irmão que sequer tenho publicado, mas estão guardados, viraram cançoes devido ao talento do meu mano...rsss...
ResponderEliminarAquele projeto da postagem anterior foi enviado sim...to na torcida...rs
Parabén pelo seu talento nato...seus poemas como sempre muito bonitos
Um ótimo fim de semana pra todos aí...com muita paz, amor e saúde
Um abraço na alma...
Beijo
Minha doce Manu, teu texto me fez caminhar entre flores, aragem fresca e a solidão do crepúsculo, fascinada com a doçura do momento lindo.
ResponderEliminarPerfeito sentimento.Amei.Que tenhas férias felizes e inspiradoras.Bjs Eloah
Tão triste nasceu hoje o Verão
ResponderEliminarTão agreste sopra este colérico vento
Tão molhada está esta verde terra
Tão cinza está um coração em desalento
Mentem os que disserem que perdi a Lua
Os que profetizaram o meu futuro de luz
Mentem os que acharam que não me visto de sentimento
Os que acham que apenas a mentira seduz
Acolhi no olhar todas as coléricas vagas que alcancei
Abracei uma roseira e senti o golpe dos espinhos
Senti o aroma errante das hortênsias
Numa viagem por sete caminh
Bom fim de semana
Doce beijo
Mas elas voltam...
ResponderEliminarBeijos.
Manu amada,
ResponderEliminarViajo contigo nas asas das andorinhas e plano sobre a primavera que traz em si as cores e os odores,ácidos e doces,numa mistura de tons e semitons,formando um arco iris delicado e sutil.E este vento de junho que varre as flores,envolve em beleza os sonhos de uma criança que ainda persiste em existir dentro de mim.
Obrigada pela beleza e pelo encantamento.
Bjsssssss,
Leninha
Lindo, queria Manuela!!! Pintura e palavras em total sintonia.
ResponderEliminarBeijos e boas férias.
Lita
Manuela
ResponderEliminarEu acho uma das aves mais lindas. Andorinha é um encanto e o seu poema tambem
com carinho e amizade Monica
A Primavera está sempre aí... é só desejarmos que esteja!
ResponderEliminarMuitos beijinhos,
Minha querida Manuela
ResponderEliminarPor vezes somos apenas quimera de poetas...ardendo nas noites em que apenas a ausência nos toca e nos segredas os sonhos que ficaram perdidos no entardecer do tempo onde não nos sentimos.
Sempre sem palavras, porque apenas sinto na alma as tuas palavras.
Um beijinho com carinho e um resto de boas férias.
Sonhadora
Esperar Vênus viajando com as estrelas negras das asas das andorinhas é um privilégio para poucos... é só mesmo para queles que teimam em esperar...
ResponderEliminarE tomara as casas das andorinhas inundassem todos os lugares, pois teríamos pelos 4 cantos do planeta melodias atravessando liberdades e alegrias...
Viajo também, com voce, e com as andorinhas...
Belo, belíssimo! aplausos de pé!!! sou sua fã, inveterada...
Um enorme beijo, amiga querida! espero que esteja se divertindo muito ainda! por aqui, saudades, muitas saudades...
Muito bonito. As anadorinhas voltarão, tenho a certeza. Um beijinho grande cheio de saudades
ResponderEliminar
ResponderEliminarOlá, Manuela
Desejo-lhe uma excelente pausa, umas férias muito bem passadas.
O seu poema trouxe-me uma brisa fresca, luz e encantamento. A procura da felicidade é incessante e, por vezes, passamos por ela e não a vemos nas pequenas coisas.
Abraço
Olinda
Oi Manu
ResponderEliminarCheia de saudades de ti.
Obrigada por dar uma chegadinha lá nos blogs, sem seus comentários fica meio triste rs
Lindo as 'Andorinhas'.
Que venham muitas em forma de afagos.
meu abraço
Adormeci embalado nos raios solares enquanto o mar me cantava uma terna e doce melodia... Muito parecida aquela que a minha mãe me cantava em bebé! Bom, na verdade sou apenas um bebé a beira do pai sol e da mãe mar... Mesmo depois de adormecer não pararam de me embalar nem de cantar, não fosse eu acordar na sua ausência... é assim o amor deles! Sempre presente!
ResponderEliminar:)
Beijinho Manuela
E porque não são precisas andorinhas para sentir, para voar com as tuas palavras, mas ajuda.
ResponderEliminarUm beijinho voador.