Atravesso a floresta do Tempo.E não encontro árvores nem folhas, só Vazio.
O Espaço matou as notas musicais que se despreendiam da alma.
O eco perdeu-se na imensidão do Tempo.
E volto-me para o Espaço e não me encontro...
O Tempo não deu tempo para me encontrar.
Quis sair , deixando este Espaço, fugindo ao Tempo.
E não os acompanhei na sua vertigem.Pensei parar. O Tempo fugia.
Pedi ao Tempo para ficar.
E o espaço tornou-se um vazio onde me perdi...
Esperei pelo tempo, onde as notas musicais se diluiam...
E num mundo abstrato, procurava algo concreto , palpável...Tudo se diluía no Tempo.
A realidade refletia-se agora na imaginação.
E agora o Espaço era irreal.O Tempo, irreal.
Perdi-me de mim, das referências musicais e folhas das árvores
Perdi-me do que julgava ser o abstrato e o concreto...
E o Espaço ficava cada vez mais distante das memórias feitas de imaginação...feitas com imaginação...feitas de abstrações...
E vagueei pelo tempo infinito, percorrendo o espaço vazio que fica para além do tempo...
E com tempo, aprendi a conquistar espaço, espaços...
...que agora ficam cheios de Tudo
...e agora a imensidão do Universo é um Vazio Enorme, imenso de tudo, de tanto!
E de repente, uma espécie de vazio cheio de Tudo prenche o meio vazio de mim.
E encontro-me.
Agora...
Aqui...
Ah! Mistérios do Universo!
Manuamada!
ResponderEliminarSempre digo que tuas palavras tocam o coração da gente por dentro... Há doçura em tuas palavras, mesmo quando elas falam melancólicas assim...
E são sempre mágicas as imagens que você cria em teus versos. Me encanta!
E obrigada, querida amiga, pelo tamanho da maciez de teus comentários aos meus versos... Há uma bondade exagerada no que diz, mas fico feliz e toda exibida com isso! rss..
Um beijo e meu sempre carinho!
(Saudade de estar mais por aqui, Manu... Mas "o tempo também não está me dando tempo"... rss.. Há trabalho de monte, e isso é bom demais, mas tira um pouco o espaço das coisas que a gente curte...)
Mais um beijo!
Muito bonito. Quando nos perdemos de nós próprios não há tempo que nos valha.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Este, é o verdadeiro "Ser ou não ser"...ou seria..."ser E não ser" ?
ResponderEliminarO Tempo-Espaço se fundem, se confundem...
Gosto muito, do que leio neste "Anjo Azul", Manu!
Beijos,
da Lúcia
Manu querida,
ResponderEliminarE aqui te encontro e me perco em teus versos e em tuas abstrações...
E vagueei pelo tempo infinito, percorrendo o espaço vazio que fica para além do tempo...
E com tempo, aprendi a conquistar espaço, espaços...
...que agora ficam cheios de Tudo
...e agora a imensidão do Universo é um Vazio Enorme, imenso de tudo, de tanto!
E estes espaços nunca ficam vazios,são preenchidos pela imensidão de beleza e de sentires'tão teus e tão intensos.
Bjsssss e muito carinho,
Leninha
"E de repente, uma espécie de vazio cheio de Tudo prenche o meio vazio de mim.
ResponderEliminarE encontro-me."
Querida, lindos teus textos poéticos.Feitos de amor, de solidão, de esperas e silêncios.Identifiquei-me de imediato com tua alma linda e apaixonada pela vida.Obrigada por tuas visitas e comentários generosos deixados no meu Blog.
Um lindo e doce domingo.Bjs Eloah
Uum passeio pelo Espaço/Tempo com um final feliz!
ResponderEliminarUma escrita que prende e que nos transporta a essa angústia sentida e ao sorriso final.
Lindo, Manuela! O tempo...sempre o tempo que nos ajuda, que nos aflige e que corre no seu tempo sem a preocupação de nos esperar. Mas, se me permites e pedindo desculpa pela ousadia, vou deixar aqui a letra de uma música de Chico Buarque que, melhor do que é fala desse nosso grande aliado o Tempo. Parabéns, Manuela pela maneira maravilhosa com que nos mostras os sentimento complexos que nos assolam neste nosso tempo.
ResponderEliminar"Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração."
Um beijinho, amiga e uma excelente semana com tempo para viveres a vida com o tempo que ela merece que lhe dediquemos
Emília
Manuela, querida, que saudades!
ResponderEliminarMuito obrigada pela visita e pelo comentário.
O teu texto é de uma elevação incrível, sendo, ao mesmo tempo, uma lenga-lenga de crianças, atravessado, aqui e ali, por insinuações de Einstein e da sua teoria da relatividade em que o tempo, não o era, se o espaço, graças à veliocidade, fosse anulado.
O tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo tem... e por aí fora, criaríamos a lenga-lenga de um coro infantil.
Quem assim pensa e assim escreve tem muito para dizer.
Obrigada por compartilhares.
Beijo
Os vãos, aqui, com a tua poesia linda, nunca são vãos, querida Manu.
ResponderEliminarDelícia pra alma te ler, sempre, sempre...
Beijo grande, abraço carinhoso, flor minha.
Manuela encantada com a poesia. Que passeio lindo esse pelo tempo, mas com final feliz.Deixo um beijo grande e desejo de um ótimo começo de semana . Abraço!
ResponderEliminarCom um imenso sorriso compartilho do vazio cheio de tudo.
ResponderEliminarObrigado Manuela.
Um Bjnho Grande.
Nuno
as memórias que se esbatem no espaço...e no Tempo...esse inimigo que ataca fugindo de nós....
ResponderEliminarTe beijo
com admiração.
BShell
E é neste vazio que está a sua inspiração para escrever assim tão lindo....
ResponderEliminarBeijos de luz...
Manuela
ResponderEliminarTentei acompanhá-la nesta travessia pela "floresta do Tempo", e "quase" entrevi tristeza nessa sensação de "Vazio"... é que esse "Espaço" onde parecia ter-se perdido, afinal, esvaziando-se do que a impedia de estar no seu "Tempo", ajudou-a a reencontrar-se...! Como dizia Mia Couto no livro "Um rio chamado Tempo, uma casa chamada Terra", "O bom do caminho é haver volta. Para ida sem vinda, basta o tempo."
Espero ter voltado ... a tempo!
Abraço fraterno
Quicas
OI, Manuela
ResponderEliminarAh! Esse tempo que brinca com as nossas vidas , nos confunde, nos aproxima e afasta. Presente, passado e futuro são tão próximos que às vezes parece irreal. O agora, o que escrevo a um segundo já será passado... O tempo Senhor do Universo...Mistério da criação!
Querida, que o tempo nos aproxime e leve até você o meu carinho e um grande abraço!
Beijos
Que lindo e tão profundo, Manu...um mergulho extremo dentro do vosso eu...
ResponderEliminarE é sempre nesses mergulhos profundos da existência, que após atravessar o vácuo, o éter, o vazio, acabamos encontrando o "Tudo"...
Mais uma bela obra criaste, para o contento e deleite de nossa alma. Sou já suspeita para falar, do tanto que gosto e aprecio infindavelmente a sua obra. Tu és divina!
Um beijo com todo o meu amor e carinho! gosto muito de voce...
Oi Manuela, vim agradecer pelas palavras lindas que escreveste. Você tocou a minha alma sensível com a pena da sua caneta magica. Uma anja real que que me deixou emocionada te lendo. Vc é uma dessas pessoas especiais que faz morada navida da gente eternamente. Deixo meu beijo abraço e carinho no teu coração. ótima quinta-feira cheia de coisas especiais. Bjs amiga!
ResponderEliminarMinha querida
ResponderEliminarComo sempre ler-te é quase um encontro com a minha alma...trilhos inquietos que atravessam o tempo...nos espinhos que magoam a carne...uma viagem entre esperas e ausências vamos morrendo e renascendo tanta vez.
E...tu és poesia em cada palavra e eu tua admiradora.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Gostei do poema,está cheio de sentimento,é muito profundo. vi deixar um beijinho e adorei te visitar. espero que tenhas passado um bom feriado e que tua maravilhosa sexta-feira seja unica e especial.
ResponderEliminarManuela
ResponderEliminarMistérios do Universo!...
O Tempo, o nosso tempo, apenas existe para nos lembrar o mesmo Tempo.
Perdemo-nos na busca dele e ele está em nós.
Maravilhosa prosa a ser dissecada pela reflexão a que nos obriga.
Muito bela e útil para reflexão, esta tua abordagem.
Beijos
SOL
http://acordarsonhando.blogspot.com/
E eu aqui ouvindo Adelle e lendo tuas idéias, perdi-me na tua poeira de estrelas, e foi muito bom.
ResponderEliminarSimplesmente intenso
Um tema que atrai muito este, aqui trabalhado de maneira muito inteligene, prendendo o leitor nos vazios e nos mistérios do universo. O que somos diante de tanto? O que se define infinito? O que é "ser" em relação ao infinito universo. Aqui e agora, apenas sou leitor.
ResponderEliminarBeijo, amiga.
Olá Manuela, bela poesia...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Algures, no universo, um átomo, onde cabe o próprio universo. Onde o tempo é uma unidade, e o espaço, ocupa somente valor igual ao próprio tempo. A imaginação e a realidade são construções do mesmo mundo...
ResponderEliminarCheios de vazios de tudo.
Bjnhos Manuela,
Adorei