sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O céu metálico...


Céu metálico- Maia
  O céu metálico sobrevoa, observando, esta floresta de cabelos humanos,
invadidos por rajadas de medos, emparedando-os na angústia do abandono
e desencanto.
Somos berlindes ansiosos, em declives verticais,
em voos  picados e  pesados de encontro ao abismo.
A solidão gela a amargura das horas com sede de vingança...
...E crepita a ânsia de liberdade pela Dignidade e Igualdade Humanas...
...uma estranha prisão com grades frias, intransponíveis,
feita de injustiças, ódios e metal...
A dignidade sufoca esta espuma de solidão, numa angústia asfixiante,
infligida por carrascos impunes que anulam sonhos e gritos de esperança...
A impunidade esmaga a esperança de justiça numa cortina opaca,
provocando arrepios de indignação...
E neste lar terreno, o espetro da loucura humana ganha contornos
de abismo tenebroso, mutilando mocidades ainda por nascer. ..
...E a dor da indignação bate surda no olhar de peitos magoados,
numa amargura incontida, que acordará nas brasas das consciências abandonadas,
feitas vulcões,  cujas crateras vomitarão
lavas incandescentes de libertação.
E das cinzas,
nascerá de novo o Amor...

Manuela Barroso

18 comentários:

  1. Belíssimo texto,amiga Manu...

    .E crepita a ânsia de liberdade pela Dignidade e Igualdade Humanas...
    ...uma estranha prisão com grades frias, intransponíveis,
    feita de injustiças, ódios e metal...

    E um final surpreendente,com Fênix,novamente,renascendo das cinzas.

    Bjsssss,
    Leninha

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  2. Nem sempre o novo amor acontece ou aparece, mas também é bem verdade que por vezes esta vida nos surpreende com sentimentos inesperados e que batem à porta sem avisar.
    Somos anjos terrenos envoltos em mar.

    Belo texto Manuela!
    Bom fim de semana!
    Bjs

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  3. Uns vêem-no como metálico, frio, desumano até!
    Vejo-o como verdadeiro, esperançoso e... bonito.

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  4. Felizmente o amor tem a capacidade de nascer das cinzas.
    Sim, sem dúvidas ele nascera de novo...
    Como sempre textos lindamente poéticos. Parabéns!
    Um lindo fim-de-semana para você!
    Lembranças
    Ange.

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  5. ainda bem que temos a oportunidade do renascimento, a cada dia basta aproveitarmos.
    bjs

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  6. Que bom é sabermos que o amor sempre renascerá Manu. Lindo texto. Bom domingo querida. Beijos

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  7. "E das cinzas,
    nascerá de novo o Amor..." O ápice de teu texto poético é a esperança que o nosso coração abriga, o de renascer para o amor.
    Escreves lindamente bela poetisa.Amei teu Céu Metálico.
    Querida obrigada pelas palavras lindas, meigas e generosas que deixastes no meu Blog.Vieram para enfeitar o meu aniversario de doçura e amizade.
    Bom domingo.Bjs Eloah

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  8. Olá Manuela, belo texto...Espectacular....
    Cumprimentos

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  9. E o céu ultimamente tem-se apresentado escuro, feio, cinzento, como cinzenta anda a alma de todos nós.Até poderíamos mudar a cor do céu, vê-lo azul celeste de dia e cheio de estrelas à noite, mas isso se os nossos corações essa cor tivesse e deles emanasse uma luz cheia de brilho. Mas, não tem cor os corações e muito menos brilho, não só ele, mas também os olhares. Apesar de toda essa luz que vemos nas ruas das nossas cidades, o céu continua metálico; sufoca-nos a solidão, arrepia-nos tanta injustiça, a nossa alma grita de indignação. Bem queremos ter esperança, mas a cada dia que passa ela se vai perdendo, porque não vislumbramos mudanças. Mas é preciso continuar e, pelo menos com elas sonhar; a cada dia um novo dia nasce...é um novo começo que é preciso de novo começar e quem sabe? Talvez amanhã o
    Amor apareça com mais força e o céu volte a ter aquele azul bem clarinho que nos acalme e nos deixe o coração cheio de paz e esperança. Precisamos tanto disso, Manuela!
    Parabéns pelo belo texto onde conseguiste retratar as angustias, medos e desilusões que assolam a alma de todos nós nestes tempos tão conturbados. Um beijinho e espero que consigas ver as estrelas neste teu céu metálico; afinal o céu pode ter a cor que lhe quisermos e pudermos dar.
    Emília

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  10. Um choro e desalento cruel, mas tão humano, vejo em suas palavras...choras pelos homens que parecem mergulhados num abismo cruel, cheios de desamores e violências em seus corações...e eis que de repente a esperança desponta...nos descortinando sonhar com dias e um mundo melhor e mais humano...

    Lindo saber, Manuela, que ainda conservas a fé no humano...
    Mais um lindo poema!
    Beijos no seu lindo coração, minha amiga mais que querida...!

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  11. Oi Manuela.
    Seus textos sempre tem muita essência e sensibilidade de uma forma encantadora. Adoro te ler. Você nasceu com o dom das palavras.
    Lindo demais seu texto. O importante é que sempre das cinzas nasce de novo um amor.
    Beijos e ótima semana.

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  12. Minha querida

    Hoje passando para agradecer o carinho de sempre e oferecer uma fatia de bolo de aniversário...embora virtual é de coração.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  13. Algumas situações despertam o que há de pior em nós, não, Manu? É nessas horas que a nossa essência boa deve se sobressair.

    Um beijo, querida minha.

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  14. Manuela, não é por ser triste, depressivo e sem esperança que deixa de ser belo.
    Muito, muito bem escrito.
    A moldura de irremediável perda deprime-me e, por isso,fujo de temas negros, porque o negro atrai o negro e a rampa para o precipício torna-se incontornável.
    "Voz do povo, voz de Deus", rezam as verdades seculares. Quando afirmam que "Entre mortos e feridos...", abre-se uma portinha de luz.
    E eu gosto.
    Prefiro.
    Espero que essa portinha luminosa te espere, entreaberta.
    Beijo.

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  15. Oi, Manuela
    Lindo texto, é um desabafo. E quando pensamos que tudo está perdido, eis que surge das cinzas a ESPERANÇA, que nos fortalece e nos renova, nos empurra para continuarmos nossa jornada nesse tempo espaço. Que sejamos portadores dessa bandeira de Liberdade pela Dignidade e Igualdade Humanas, nesse mundo às vezes tão cruel. Mas depende de nós capturarmos essa energia ficando atentos as nossas escolhas, e que Deus nos ilumine...
    Um grande abraço, amiga

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  16. Dignidade humana. Esse tema tem me acompanhado ultimamente. A história humana é feita em cima de contistas "gloriosas" sobre povos que se tornam oprimidos pelos mais fortes. Isso não parece ter mudado muito até hoje, ainda que veladamente em alguns casos. E as sequelas históricas se sentem em cada rosto anônimo com fome no planeta. Igualdade? Eperêmo-la ansiosos. Talvez, como disseste, das cinzas deste mundo.

    Parabéns pelo texto, Manuela! Belo e pertinente.

    Beijo.

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  17. Sobreviver ao outro, a si mesmo. Ao olhar de dureza. Sobreviver a vida que as vezes se ausenta e fica fácil romper os pulsos. Arrepende-se então, tardiamente. O penhasco já suga os pés, mas então, surge alguém e tudo é nuvens novamente. rs

    bacio

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  18. Supernovas de amor...
    Matéria unificadora do universo!

    Bjnho
    Nuno Sá

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