sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fusão...

Rio Tâmega

Quero fundir-me
com a estrada branca do barco
que passeia dentro de mim!
Quero fundir-me
com o som das ondas mudas
que vêm em silêncio visitar a praia da minha pele.
Quero fundir-me
com os novelos brancos no azul
que envolve o meu espírito  nesta inquieta ausência ...
Quero fundir-me
com a  carícia da água 
que banha os meus pensamentos  em espuma, sem mágoa
Quero fundir-me
com os risos do sol
como beijos quentes de um amor de verão.
Quero fundir-me
com o verde dos meus pés nus
no deleite da erva molhada, cheirando a madrugadas!
E quero fundir-me com as flores dos catos
em pétalas de seda
desafiando incongruências!
E,
Quero a fusão do infinito visível
No invisível que mora em mim!
                   Manuela Barroso, "Eu Poético III"
                                                                                                                                                                                  

15 comentários:

  1. Entre o visível e o invisível está o " possível".
    Bj com carinho
    M.F.

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  2. Não basta gostar do que (e de quem) se gosta, tem que fazer parte, estar inserido, misturado, junto.

    Que linda ideia, fiquei inspirada!

    Dois beijos, querida!

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  3. Manu querida,parodiando a nossa Helena:
    "MARAAAAAAVIIIIIILHA!!!


    Tua fusão se converteu em uma obra prima...

    Quero a fusão do infinito visível
    No invisível que mora em mim!

    ..................................

    Bjssssssssss,Leninha

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  4. Minha querida

    O que dizer depois de beber das tuas palavras...digo apenas que fiquei saciada...e vou embalada num sonho entre o céu e o infinito.

    Beijinho
    Rosa

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  5. A cada verso eu fui fechando os olhos e indo para dentro, cada vez mais fundo, me aconchegando, me inserindo em suas linhas, nessa paisagem, nesse sentir.
    Ah minha cara, sua poesia é sempre tão pele, tão para dentro, avesso. É magia para os olhos e para a alma.
    Muito bom ler-te...
    bacio

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  6. Deve ser um encanto estár num lugar desses do Tâmega e ficar a ouvir tamanha poesia!!!

    Bela inspiração!

    Rui

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  7. Belas palavras, poesia de encanto!
    Abraços

    Bruno;)

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  8. Voltei!!! =)

    Vim agradecer pelo lindo comentário lá no post que fala sobre "ensimesmar-se", Manu (posso te chamar assim?). Fiquei emocionada com a tua sensibilidade. De verdade.

    Um beijo bem grande!

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  9. NOssa, que lindo fundir...todo o Universo infinito, com a sua beleza e magia está aí...

    Voce escreve com encanto, beleza e magia...e me faz viajar...

    Muito bom ler-te!
    Um lindo dia, bjs com carinho...!
    Liz (Como as cerejas...)

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  10. Olá Manuela! Obrigado por sua visita e comentário no meu blog. Se quiser se juntar ao membros participantes, para mim será uma honra. Grande abraço e parabéns por seus poemas!

    Bruno Gaspari

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  11. Um desejo assim, pensado assim, dito assim, só pode ter um significado: ele já é uma verdade imensa!

    Que coisa fantástica, Manu!!
    Que poesia linda em tuas palavras! Bom demais estar aqui e "sentir" as vibrações tão boas dessa "fusão" com a vida!

    Saudadona!!

    Beijo gigante, pessoa querida!

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  12. Manu muito amada,volto para reler teu poema e inebriar-me com tuas palavras...mágicas palavras que trazem a beleza e o sonho numa fusão perfeita.
    Bjssssss,
    Leninha

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  13. Oi Manuela
    acho lindo o rio Tâmega, uma maravilha!
    há sempre um riozinho dentro de nós, seu poema é lindo, harmonia total.
    beijinhos

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  14. O invisível que vais tornando visível de uma forma linda!

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  15. Querida Manelinha
    Quando vi essa imagem do Tâmega, que desagua em frente à casa onde nasci, entendi o teu desejo.
    Fundir-se com a Natureza é fazer parte do Universo de uma forma mais intrínseca. Agora o Belo está na forma como exprimes o que te vai na alma:mais uma vez, muitos parabéns.Quanta sensibilidade!
    Bom domingo.
    Um beijinho
    Beatriz

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