Contornos de fim de tarde - De Helena Chiarello in Fotografismos |
Os olhos passeavam no tempo
Escondido na noite
Eras a folha verde e sadia
Errando na tarde vadia
Cheiravas a noite molhada
A tomilho, jasmim
Amoras, morangos silvestres
Urze, tojo e alecrim
Passeavas no crepúsculo, além
Terra de horizontes e sonhos
Casa de tudo, ninguém
Aparecias na madrugadas
No silêncio da aurora
E com o sol azul te erguias
Beijando as manhãs claras
E declinando na tarde, dormias!
Deitaste no colo do pôr do sol
E subiste aos palmeirais
Estátuas de vidro
Reflexo de cristais
Que fecharam em ti a cortina
Pousaste-te
E ouviste em surdina
O cântico da noite.
Sonhando
Adormeceste em ti!
In" Eu Poético"
In" Eu Poético"
10 comentários:
Este poema é uma tela viva, cheia de luz e sombra, de sons e de silêncios, de cheiros agradáveis que nos fazem sonhar...
Adorei!
Li, vi e senti uma serenidade linda!
Um punhado de versos... e a poesia aflora no jardim... seu perfume... cor de rosa, azul.
¬
Para o domingo... o melhor!
Um poema de entardecer, que tinge com as cores do por do sol a alma e o coração de quem lê...
Lindo, Manuela!
E obrigada, sempre, por teu carinho...
Um beijo!
Querida amiga Manuela,obrigada pelo perfume de Portugal,que invadiu a cidade,a rua,a minha casa e o meu pensamento...e,sonhando e me encantando na magia dos seus pensamentos.
Bjsssss com cheiro de madressilvas,
Leninha
Oi Manuela...
Um belo poema...então...sobrinha de peixe, pexinho é...já diz o ditado né...
Que a escrita te permaneça ao longo de sua vida, dando-lhe assim a oportunidade de compartilhar seus escritos com os amigos...tenho uns poemetos em que falo sobre meus Eus...rs...Eu, folha...Eu,vento e por ai vai...
Um abraço na alma...boa semana
Beijo
Manuela querida,estou gostando tanto de lhe falar,que hoje conversando,por telefone,com um amigo que também ama Portugal,comentei dos amigos que aí tenho e ele se ofereceu como companhia,para o dia que eu quiser ir até aí.Fiquei mto tentada e,se tudo der certo,.ainda este ano viajaremos.Ele é de Vila Real e no ano passado foi conhecer a terra de seus avós.
Olha,Manuela cada cometário seu é um presente para mim,de delicadeza,de poesia e de alegria...Muito obrigada.Bjsssss(bem friorentos)Leninha.
Neste « Deambulando» magnifico, a poesia tem o perfume de Portugal. Agora tão mal tratado. Só os poetas através da poesia como a sua, podem dar sol ao nosso país.
«Passeavas no crepúsculo, além
Terra de horizontes e sonhos
Casa de tudo, ninguém
Aparecias na madrugadas
No silêncio da aurora
E com o sol azul te erguias
Beijando as manhãs claras
E declinando na tarde, dormias!»
Belíssimo.
Bjito e uma flor
Querida Manelinha
Que bonito!
Os olhos observam dia e noite e, nos seus «passeios», mostram-nos a Natureza de uma forma brilhantemente poética!
Parabéns.
Um beijinho
Beatriz
Querida Manelinha
Eu havia de jurar que já tinha deixado aqui um comentário a este belo poema...
Toda tu és poesia!
Essa «folha verde» tem um percurso poeticamente invejável no seu quotidiano.
Beijinhos
Beatriz
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