quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CHAMAS...


Chamas o meu nome e vou descendo calmamente
A vazia escada do nosso jardim florido.
O mundo pára, a vida pára e vou ficando
Numa espécie de sonho adormecido.


E viajo neste tempo e neste espaço
Ao encontro da tua suave e meiga voz .
E, apertando-te ternamente nos meus braços
Faz se um silêncio longo que fala por nós!


E assim viajo no tempo e no espaço
Contagiada por esse teu longo olhar,
Sinto a tua mão, entrego-me à ternura,
Numa cegueira imensa, intensa procura
De tão simples gesto, tão bela forma de dar!


M.Barroso


















7 comentários:

  1. Belo, simplesmente belo...

    das Neves, I.

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  2. Querida amiga,

    Veja esta imagem. Será esta a escada do jardim, que desce tão calmamente?
    http://www.stonemarket.co.uk/millstone/millstone-stepping-stones

    Abraço,

    das neves, I.

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  3. Pois querida amiga, será assim ou mais tosco...
    A mente flui,e adora espaiar-se nas ondas do nosso cérebro...
    M.B.

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  4. Obrigada Pedro, um beijinho
    também para si!
    manuela

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  5. Querida Manu
    Que belo poema!
    Quanta segurança e confiança!
    Quando sentimos esse chamamento, acaba-se o desânimo, o desalento,a decepção!
    Parabéns
    Um beijinho
    Beatriz

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